terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sacavém debaixo de água!

Este fim-de-semana Sacavém vivenciou momentos de pânico causados pelas inundações que aconteceram na praça da Republica em Sacavém.

Antes de mais, o PSD quer mostrar a sua solidariedade para com todos aqueles que foram atingidos, população residente, proprietários e trabalhadores de empresas afectadas pelas cheias.
 
Esta é uma situação verdadeiramente caricata, ora vejamos:
 
Depois de anos a lidar com este recorrente problema, no ano passado, em 2009, logo após as grandes chuvadas, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Sacavém veio dizer que tudo estaria arranjado em 2010 as obras há tanto prometidas iriam impedir a ocorrência futura do mesmo problema.

Ora o PSD não tem memória curta e recorda uma notícia do ano passado, em 02 de Novembro de 2009:

 
Receio de cheias obriga comerciantes a madrugar
Cheias de 1983 e de 2008 ainda bem presentes na memória dos lojistas de Sacavém
por Luís Garcia


"Uma noite de chuva é uma noite em que eu não durmo. Venho para aqui de madrugada", diz José Carapinha, dono de um stand de automóveis na Praça da República, na baixa de Sacavém. Foi ali que as cheias de Fevereiro de 2008 o apanharam, provocando-lhe um dos maiores sustos da sua vida. "Estive três horas em cima de um jipe, em hipotermia, enquanto os bombeiros passavam de barco lá fora", recorda.

Nessa ocasião, a água e a lama que invadiram o stand atingiram 2,40 metros de altura. O resultado, segundo as contas de José Carapinha, foram 200 mil euros do prejuízo de 19 automóveis danificados. "Ando com uma depressão e nunca mais recupero depois daquilo", desabafa o comerciante. A dar força às suas palavras estão os avisos de "vendo/alugo" afixados à porta da loja.

Para os comerciantes da baixa de Sacavém, o penúltimo Inverno foi muito duro, dado que, em poucos meses, a água inundou várias lojas até ao tecto por duas vezes. Estas cheias, como uma outra ocorrida em 1983, ficam na memória dos lojistas, pelos elevados prejuízos e pelas semanas ou meses que demoraram até terem condições para reabrir os estabelecimentos.

Às inundações de menor dimensão já quase nem ligam. "Estou aqui há 42 anos e não houve nenhum em que não tivesse cheias", garante José Sardinha. "Até já tivemos este ano, em Julho, e quase ninguém se lembra de ter chovido".

A juntar ao facto de aquela zona ser mais baixa do que o nível do Tejo e do Trancão - fazendo com que, quando a chuvada é maior, a água não tenha para onde escoar - existe falta de limpeza e manutenção dos colectores e sumidouros. Segundo o sapateiro Manuel Correia, o colector que fica à frente dos estabelecimentos mais frequentemente inundados - como o seu, cujo recheio ficou totalmente destruído nas últimas grandes cheias - nunca teve manutenção, desde a sua construção, e está atulhado de terra e lixo.

José Carapinha, que corrobora esta tese, garante que a 25 de Junho "choveu só um nadinha e nem sequer havia pinga de água a correr da ribeira, mas o colector rebentou logo e inundou a rua toda". "Estão a gastar milhares de contos a fazer obras lá em cima para nada", atira Carapinha, referindo-se à intervenção da SimTejo na Ribeira do Prior Velho.

Segundo o vereador das Obras Municipais da Câmara de Loures, João Pedro Domingues, o colector em causa sofreu uma ruptura em Fevereiro de 2008, mas a situação já está "mais acautelada", devido a uma "reparação significativa feita pela SimTejo na infra-estrutura". O vereador garante que a intervenção na Ribeira do Prior Velho, juntamente com a limpeza das linhas de água e sumidouros, minimizará o impacto das cheias. "Não se vai repetir a situação do ano passado, até porque não há trombas de água todos os anos", diz o autarca.

Claramente estamos a falar de mentira, o PSD não aceita isto.

Para os comerciantes da Baixa de Sacavém, em Loures, o Outono traz o medo das habituais cheias. A construção de uma bacia de retenção, a concluir em Janeiro, deverá minimizar o risco, mas os lojistas temem que não chegue.